segunda-feira

A minha necessidade de escrever soltou-se de novo e voltou-se para ti, a ti que sei que me queres amar, tão certo quanto o vento que sopra lá fora, tão certo quanto o rio que corre a escassos metros da minha janela, não fosse esta vista o pensamento que se foca sobre ti, e eu não estaria com o pouco que me resta da minha sanidade mental. E depois? Dizem que quem escreve nunca está bem da cabeça, talvez seja esse o meu problema, algo do foro psicológico, que me afeta todo o resto do sistema, e continuando mesmo assim, a ser a menor das minhas preocupações. Pois, nem sei porque estou a fazer isto, nunca irás ler tal texto e mesmo que o lesses não irias passar da primeira linha, és infelizmente incapaz de tal feito, não que eu seja de um extremo incompreensível, é somente a tua inteligência a culpada. Digo eu, que sou eu, e me estou a julgar a mim própria, e a ti simultaneamente, mas quem sou eu para dizer que não será antes a primeira opção. Não te acanhes, meu amor. Não és culpado e dá-te por contente, não tens a sensibilidade necessária mas também não és demente como me chamam por ter palavras dentro de mim que não cabem e insistem em sair para fora, tenham elas ou não sentido algum. Deixa-te ficar, continua mais uma vez a tentar. Tenta com todas as forças amar-me da maneira que melhor achares, seja qual for a tua convicção. Mas fica ciente de que o amor é algo que não se esforça, não esforça nem se anseia, ele surge. Tentes tu o que tentares.

1 comentário:

  1. Mesmo que as pessoas não cheguem a ler as nossas palavras, escrever ajuda-nos a desabafar, a sentirmo-nos melhores e mais leves.
    O amor tem mecanismos próprios e não se força em nenhum momento, porque quando chega vem de forma natural e deixa-nos seguros

    Beijinhos*

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